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Benefícios dos programas de Terapia Ocupacional (Integração Sensorial) à Distância


Telesessões

A pandemia do COVID-19 trouxe aos terapeutas ocupacionais que trabalham com Integração Sensorial o desafio de manter programas terapêuticos à distância. Para algumas famílias, realizar as terapias desta forma pode gerar algumas duvidas e até mesmo incerteza sobre os benefícios para seus filhos.

A equipa da Happy Child hoje trouxe os principais resultados da experiência da Spiral Foundation, um centro terapêutico nos Estados Unidos que adotou durante o período da quarentena um modelo de programa de terapia ocupacional (integração sensorial) à distância.

Em que consiste?

O programa compreendia intervenção direta, observação, consultadoria, educação e treino das famílias para alcançarem as suas metas e necessidades terapêuticas durante aquele período.

Quais os resultados?

A instituição coletou dados a partir dos resultados clínicos, revisão dos registos das intervenções e questionários respondidos de forma anónima pelos pais e pelos terapeutas sobre o programa para verificar a eficácia desta modalidade terapêutica e identificou como benefícios:

  • Evitar regressões: os terapeutas destacam que conseguiram evitar possíveis regressões ocasionadas pela paragem nas terapias e até mesmo registraram ganhos nos objetivos terapêuticos durante o período de sessões à distância;
  • Aplicação das estratégias e recomendações: os terapeutas também destacaram que ao utilizar o ambiente do dia-a-dia nas sessões, conseguiam intervir sobre dificuldades e desafios ocorridos em tarefas e atividades no próprio ambiente de casa, o que torna mais fácil para os pais efetivamente transporem e replicarem as recomendações e estratégias terapêuticas para o seu cotidiano de forma mais consistente e independente;
  • Desenvolvimento de competências pelos pais:  os pais desenvolveram competências para compreender melhor as necessidades e dificuldades dos seus filhos, para proporem brincadeiras de forma mais apropriada às competências das crianças, para estabelecerem limites/regras e desafios mais apropriados ao perfil da criança (nem muito abaixo ou acima das competências), para dar dicas/apoios mais adequados nas tarefas e para focar nos pontos fortes da criança;
  • Participação dos pais: alguns pais que não conseguiam estar nas terapias presenciais conseguiram se envolver nas sessões à distância, de modo que conseguiam compreender o raciocínio por trás das terapias “ao vivo”;
  • Compreensão da dieta sensorial: os pais desenvolveram uma melhor compreensão sobre a dieta sensorial (conjunto de atividades de cunho terapêutico que podem ser disponibilizadas de forma consistente e sistemática para contemplar as necessidades sensoriais e desenvolver competências sensoriomotoras da criança), incluindo o que é e qual a importância para o cotidiano da criança;

 

Portanto, o programa foi bem avaliado e sugere que as sessões à distância são exequíveis e eficazes como um serviço para manter a continuidade do programa terapêutico, quando sessões presenciais não são possíveis.

Fonte: https://thespiralfoundation.org/feasibility-acceptability-and-effectiveness-of-a-sensory-integration-occupational-therapy-clinic-telehealth-program-a-program-review/

 

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