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Criança unhas

O meu filho(a) não quer cortar as unhas e o cabelo. E agora?!


A sua criança apresenta resistência ao cortar as unhas ou o cabelo?

Muitas crianças apresentam dificuldades para cortar as unhas ou o cabelo, no entanto, os motivos nem sempre são os mesmos. Neste sentido, ao nos depararmos com estas dificuldades, é fundamental tentar compreender qual a estratégia mais adequada para cada crianças.

Quais as razões que levam a criança a apresentar resistência nestas tarefas?

  • Existem crianças que demonstram dificuldades quando existem alterações na rotina. Neste caso é indicado:
  1. Desenvolver um quadro com rotinas semanais  que seja colocado num local visível para que a criança tenha alguma previsibilidade na sua rotina e consiga compreender as tarefas deverão ser realizadas durante aquela semana;
  2. Além da pista visual que o quadro com as rotinas fornece, sugere-se que o conteúdo do quadro seja reforçado verbalmente  ao longo dos dias anteriores (e no dia em que a ação será realizada). Por exemplo quando as unhas ou o cabelo serão cortados.

 

  • Caso a criança revele medo de perder uma parte do seu corpo, ou demonstre receio de sentir dor (como consequência da tarefa), sugere-se o seguinte:
  1. Realizar a atividade previamente em si para que a criança possa visualizar que é uma tarefa fácil e natural, transmitindo-lhe segurança para que verifique que não causará dor;
  2. Em seguida, pode explicar à criança que esta tarefa necessita de ser repetida de forma rotineira pois tanto o cabelo quanto as unhas irão crescer. Pode fazer um acordo com a criança de qual será a próxima vez que irá repetir a tarefa novamente.

 

  • Se a criança demonstrar alterações do processamento sensorial, mais especificamente a hiperreatividade ou defesa tátil (resposta exacerbada ao estímulo táctil), sugere-se:
  1. Realizar massagens com estímulo táctil profundo na área em que a ação será realizada ao longo da semana, assim como antes do corte das unhas, realizar movimentos com muita pressão nesta área. Isto ajudará a regular a criança e modular a região para que esteja mais preparada para receber o estímulo;
  2. A criança com alterações sensoriais deverá ser avaliada por um Terapeuta Ocupacional especializado nesta área (processamento sensorial) para que lhe seja prescrita uma dieta sensorial e ajudar a criança a lidar com os estímulos sensoriais, ajudando-a a organizar-se perante os estímulos e diminuindo as respostas de fuga ou evitamento durante a tarefa proposta.

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