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Refluxo Gastroesofágico

Refluxo Gastroesofágico


Choro e regurgitação persistentes no bebé, “normal” ou “anormal”!

O departamento de terapia da fala do Happy Child recomenda que fique em casa e …observe o seu bebé!

Como temos vindo a identificar a alimentação é um processo complexo que exige o equilíbrio entre diferentes sistemas do corpo humano, de entre os quais o conforto gastrointestinal e respiratório.

Muitos bebés apresentam sinais de desconforto com a ingestão de leite, vivenciam experiências negativas que podem ser o alicerce para a instalação de perturbações alimentares na infância.

Os sinais muitas vezes são precoces, logo no início da alimentação com leite materno. Assim uma das atividades que deveria estar a promover uma vinculação de segurança entre a mãe e o bebé, no conhecimento do mundo que o rodeia, gera medo, desconforto e insegurança em todos os envolvidos.

Refluxo Gastroesofágico

O que ver?

As mães relatam:

  • Choro antes e após a alimentação;
  • Regurgitação frequente com ou sem vómito
  • Desconforto,;
  • Tosse;
  • Acidez no hálito do bebé;
  • Arqueamento do tronco com inclinação da cabeça para um dos lados;
  • Perda de peso ou dificuldade em aumentar de peso;
  • Alterações de sono…

Estes são sinais que podem indicar refluxo gastro esofágico, que acontece quando há um recuo do conteúdo gástrico para o esófago, que pode causar irritação/inflamação das paredes do esófago e, em algumas vezes, problemas respiratórios e/ou pneumonias de repetição.
O bebé começa então a recusar o único alimento que pode ingerir, porque este pode se facto ser considerado “perigo” e registado pelo cérebro como ameaça.

O que saber?

Existem diferentes severidades desta condição.
Há o chamado refluxo fisiológico, comum em muitos bebés sem implicações no seu crescimento ou na dinâmica da refeição, que desaparece com o desenvolvimento da criança.
Por outro lado, existem quadros que persistem e podem requerer alterações posturais, nas refeições da criança, uso de fármacos específicos ou, em casos mais raros, exigir uma intervenção cirúrgica.

Os sintomas gastrointestinais influenciam não só na motivação a criança para comer, mas também no seu conforto e aprendizagem das competências necessárias para a alimentação. Assim, quanto mais cedo for identificada a situação menos experiências negativas a criança vivencia.
Mais uma vez se identifica a intervenção precoce benéfica para o desenvolvimento do bebé na alimentação.

 

O que fazer?

  • Consultar o seu pediatra especialista ou gastroenterologista pediatra, estes profissionais podem encaminhar para especialistas ou realizar os exames necessários ao diagnóstico clínico e investigar se existe o refluxo, se este é uma condição isolada ou se ocorre em simultâneo com outro quadro clínico como uma alergia alimentar;
  • Questionar o seu médico qual a abordagem mais eficaz para o caso do seu filho e observar se os sinais dados pelo bebé antes, durante ou após a refeição se alteram;
  • Fazer pequenas adaptações posturais e nas refeições do bebé e observar se há alteração dos sinais;
  • Oferecer refeições mais vezes ao dia em menor quantidade;
  • Oferecer a refeição com o bebé numa posição menos horizontal e mais inclinada;
  • Após a refeição manter o bebé numa posição vertical por um período de cerca 30 minutos;
  • Colocar o bebé para arrotar, sempre após a refeição;
  • Durante o sono elevar a cabeceira e colocar uma base que evite que o bebé escorregue, protegendo-o durante o sono

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